Os dois líderes abordaram os problemas da segurança alimentar mundial num telefonema, disse a Presidência russa em comunicado.
O chefe do Kremlin também "enfatizou que a Rússia está comprometida em cumprir as suas obrigações para garantir o fornecimento ininterrupto de fertilizantes russos aos agricultores brasileiros”.
Putin terá descrito a Bolsonaro em detalhes as causas da difícil situação do mercado mundial de produtos agrícolas e fertilizantes.
O líder russo destacou a importância de restaurar a estrutura do livre comércio desses bens, "desmoronada pelas sanções ocidentais", segundo o Kremlin, e que foram impostas na sequência da invasão da Ucrânia por Moscovo.
Putin disse em várias ocasiões que a Rússia não é culpada pela crise alimentar mundial, já que são as sanções ocidentais que impedem as exportações russas porque dificultam a logística, os pagamentos internacionais e o transporte.
O Presidente russo insistiu que a União Europeia (UE) sancionou os fertilizantes russos, enquanto de Bruxelas insistem que não é esse o caso e que também não sancionou os produtos agrícolas russos.
Putin e Bolsonaro confirmaram ainda a intenção mútua de fortalecer constantemente a parceria estratégica entre os dois países, inclusive ampliando a cooperação em diversos campos, como agricultura e energia.
Os governantes também falaram de algumas questões da agenda internacional, incluindo o início, em 01 de julho deste ano, da presidência rotativa do Conselho de Segurança das Nações Unidas pelo Brasil.