“Reduzir o tempo real gasto na realização dos trabalhos de casa” procura criar uma carga educativa “equilibrada e benéfica” para o aluno, explica o Kremlin no ‘site’.
Putin exige também a redução do número de testes e exames que visam avaliar o conhecimento dos alunos numa disciplina específica ao longo do ano letivo, alegando que no ano da família, é muito mais importante promover “relações interdisciplinares” e melhorar a coerência entre os programas educativos e os materiais incluídos nos exames finais.
Tradicionalmente, os alunos russos têm de passar várias horas a fazer os trabalhos de casa, um fardo que tem sido criticado tanto pelos pais como pelos especialistas.
Nos últimos anos, Putin tem insistido na necessidade de intensificar a educação patriótica das crianças, área em que o Estado multiplicou várias vezes o orçamento desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Para isso, foram desenvolvidas aulas de formação patriótica e cerimónias de hasteamento de bandeiras, além de ter sido criada a figura do assessor do diretor, visto pelos seus críticos como um comissário político.
As autoridades têm ainda investido e financiado a fundação de grupos juvenis e foram anunciados novos cursos de “preparação militar inicial” com um total de 140 horas para alunos com idades entre 17 e 18 anos.
Além disso, os manuais de História dos dois últimos anos do ensino secundário foram reescritos, afastando quase todas as críticas ao ditador soviético Estaline e introduzindo um capítulo especial sobre a atual campanha militar na Ucrânia.
Algumas organizações de professores instaram os pais dos alunos a boicotarem o que chamaram abertamente de “projeto ideológico” do Kremlin, uma vez que defende que o principal ideal de um russo é servir a pátria, “muitas vezes com armas nas mãos”.
Lusa