O Sindicato dos Professores da Madeira (SPM) entregou hoje no parlamento regional uma petição com 2.619 assinaturas a pedir que o calendário escolar para o ensino pré-escolar coincida com o do ensino básico.
"Os trabalhos dos docentes nas escolas ficam comprometidos com o facto de os mesmos tempos não serem definidos do mesmo modo para uns e para outros", explicou a dirigente Margarida Fazendeiro, após a entrega do documento ao presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, o social-democrata Tranquada Gomes.
A sindicalista referiu que as assinaturas foram recolhidas na sociedade civil em geral, mas incluem o nome de "muitos professores e encarregados de educação".
O calendário de pausas e interrupções diferenciado para os dois graus de ensino acarreta dificuldades aos educadores de infância, tendo em conta que a sua participação nas reuniões dos conselhos escolares e pedagógicos é obrigatória.
"É que as suas atividades ainda não acabaram e têm já de estar a proceder à avaliação, que ocorre em tempo igual para os professores do 1.º ciclo e para os educadores de infância, só que estes ainda estão com as crianças", disse Margarida Fazendeiro.
A sindicalista vincou, por outro lado, que os docentes da Região Autónoma da Madeira sentem cada vez mais a discriminação, considerando que o mesmo calendário é aplicado nos Açores e, a partir do próximo ano, também no território continental.
"Nós tememos que este sentimento possa aumentar e até levar a que os docentes desenvolvam outras atividades de luta no início do próximo ano", declarou.
LUSA