“Em janeiro, fui submetida a uma grande cirurgia abdominal em Londres e, na altura, acreditava-se que o meu estado não era canceroso. A operação foi bem sucedida. No entanto, os exames efetuados após a operação revelaram a presença de cancro. Por isso, a minha equipa médica recomendou que me submetesse a um tratamento preventivo de quimioterapia, que se encontra agora na sua fase inicial”, disse Kate Middleton, que não surgia em público desde dezembro passado.
O rei Carlos III, que assumiu o trono britânico em setembro de 2022, foi também diagnosticado com cancro no início de fevereiro.
Na mensagem, com pouco mais de dois minutos, divulgada hoje pela sua residência oficial, o Palácio de Kensington, a princesa afirma que a notícia foi “um choque enorme” e que foi preciso “tempo” para que se recuperasse da cirurgia e também “para explicar tudo a George, Charlotte e Louis”, os seus três filhos com o príncipe Guilherme.
“Como já lhes disse, estou bem e a ficar mais forte a cada dia que passa, à medida que me concentro nas coisas que me vão ajudar a curar”, acrescentou Kate Middleton, 42 anos, dizendo esperar que o público compreenda que a família precisa de “tempo, espaço e privacidade” enquanto prossegue o seu tratamento.
O Palácio de Kensington tinha dado poucos pormenores sobre o estado de saúde de Kate para além de dizer que não estava relacionado com cancro, que a cirurgia tinha sido bem sucedida e que a recuperação manteria a princesa afastada das funções públicas até abril.
Pouco depois do anúncio, o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, desejou uma recuperação “completa e rápida”.
“Sei que falo em nome de todo o país ao desejar-lhe uma recuperação rápida e completa e espero vê-la de volta quando estiver pronta”, declarou o chefe do Governo conservador, num comunicado.
Sunak afirmou que Kate “demonstrou uma enorme coragem”, acrescentando: “Nas últimas semanas, tem sido sujeita a um intenso escrutínio e tem sido tratada injustamente por certos setores da comunicação social em todo o mundo e nas redes sociais”.
O político referia-se à especulação sobre o estado de saúde da princesa que tem circulado nas últimas semanas.
Keir Starmer, líder do Partido Trabalhista, principal partido da oposição, também enviou as melhoras à princesa neste “momento angustiante”.
Também a Casa Branca (presidência dos Estados Unidos) lamentou a informação hoje divulgada.
“Estamos extremamente tristes com esta notícia”, declarou a porta-voz, Karine Jean-Pierre, desejando “uma recuperação total”.
“Esta é uma notícia terrível”, comentou, apelando ao “respeito pela privacidade” da princesa de Gales e da sua família.
Lusa