"Estamos profundamente preocupados com o problema do ‘nacionalismo da vacina’, que, se não for abordado, colocará em risco a recuperação de todos os países", declarou Ramaphosa, na sua intervenção por videoconferência numa reunião virtual do Fórum Económico Mundial.
O chefe de Estado sul-africano sublinhou que "alguns países ricos adquiriram muito mais vacinas do que necessitavam", acrescentando que "estão a monopolizar o acesso a doses".
"Partilhem a vacina para que os outros países que não têm acesso possam também receber a vacina", instou Ramaphosa.
O Presidente sul-africano referiu que o acesso universal "não significa que as vacinas devem ser doadas gratuitamente aos países mais pobres".
"O combate da pandemia em todo mundo exigirá maior colaboração no lançamento de vacinas, garantindo que nenhum país seja deixado para trás nesse esforço", afirmou o Presidente da República da África do Sul, salientando que a pandemia evidenciou "a importância vital das instituições multilaterais em facilitar a coordenação, cooperação e respostas comuns".
A África do Sul, o país com o maior número de casos de infeção por covid-19 no continente, contabiliza mais de 1,4 milhões de infeções e 41.000 mortos, segundo dados oficiais.