Estas posições foram assumidas por António Costa numa intervenção pré-gravada para um evento promovido pela Global Citizens, uma organização não governamental (ONG) que está a lançar uma campanha para a mobilização de mais fundos para a luta global contra a covid-19 – uma iniciativa que conta com o apoio da Comissão Europeia.
No seu breve discurso, o líder do executivo português considerou que "o apoio à vacinação internacional é essencial para a erradicação da pandemia de covid-19" e defendeu a tese de que "nenhum país do mundo estará seguro até que todos estejam seguros".
"Para além de financiar a Iniciativa Covax, que tem como objetivo fornecer vacinas a 20% da população de 92 países, no âmbito da União Europeia estamos a trabalhar num mecanismo de partilha de vacinas que poderá disponibilizar doses adicionais de vacinas, sendo África naturalmente uma prioridade", apontou o primeiro-ministro de Portugal, país que preside até junho ao Conselho da União Europeia.
De acordo com o líder do executivo português, desde o início da pandemia já foram investidos "mais de 3,5 milhões de euros em meios de prevenção e combate, enviando material médico, de proteção, diagnóstico e terapêutica para os principais países parceiros da cooperação – os países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP) e Timor-Leste".
"Continuaremos empenhados neste caminho, e envidaremos esforços no sentido de redirecionar para os nossos tradicionais parceiros de cooperação 5% das vacinas adquiridas por Portugal, dando seguimento às ações de formação e capacitação local. Neste caso, dependemos mesmo uns dos outros e, por isso, temos mesmo de contar uns com os outros", acrescentou António Costa.
Na segunda-feira, a Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou que Cabo Verde será um dos primeiros países africanos a receber vacinas contra a covid-19 através da plataforma internacional Covax, que visa para a imunização de 35% da população.
C/Lusa