O responsável falava no Aeroporto do Porto Santo na apresentação do projeto para o terminal que também não irá operar com "fonte de energia fóssil”, um “investimento na qualidade de serviço e na sustentabilidade”.
“Teremos num par de anos um terminal que combina sustentabilidade, capacidade operacional e qualidade de serviço”, realçou.
O objetivo da Vinci é atingir, em 2030, a neutralidade carbónica (‘net zero’) em todos os aeroportos portugueses, complementou.
Nicolas Notebaert salientou que o investimento, que, segundo fonte da ANA/Vinci ronda os 25 milhões de euros, vai contribuir também para o desenvolvimento turístico, económico e social do Porto Santo, da Madeira e de Portugal, vincando a importância do aeroporto desta ilha na ligação com o restante território nacional e outros destinos.
“Lideramos a descarbonização na Europa”, enfatizou Notebaert, reforçando que “Portugal é o primeiro país europeu a ter todos os aeroportos com a certificaçao ACA 4 (o mais elevado programa de avaliação ambiental)”.
Entre outros aspetos, o projeto no terminal do Porto Santo inclui estratégias de construção sustentável que passam pela proteção solar e ventilação natural, o reaproveitamento de água e escolha de materiais ambientalmente sustentáveis, de acordo com regulamentos europeus.
O Aeroporto do Porto Santo vai conseguir aumentar a capacidade de processamento de passageiros por hora nos vários subsistemas aeroportuários – check-in, posições de rastreio de segurança, tapetes de recolha de bagagem e sistema de tratamento de bagagem – com benefícios para a atividade turística e desafios operacionais da região, adiantou.
Também aposta na eficiência energética, com uma central fotovoltaica que vai assegurar a produção de 25% de eletricidade para autoconsumo, o fornecimento de eletricidade e ar condicionado às aeronaves – permitindo desligar as unidades auxiliares de energia quando parqueadas – e uma frota de veículos exclusivamente elétrica.
Em 2022, o Aeroporto do Porto Santo, que tem ligações aéreas às cidades de Lisboa, Porto, Londres, Manchester, Billund, Copenhaga e Milão, registou um crescimento de 71% em relação a 2021 e, este ano, um acréscimo de 40% em comparação com o mesmo período do ano passado, mencionou o administrador.
O CEO da Vinci apontou ainda que, na última década, “a conetividade da Madeira evoluiu consideravelmente”, passando de 15 companhias aéreas que asseguravam 39 rotas em 2021 para 24 transportadoras e mais de 60 ligações no último verão.
Lusa