Por outro lado, o ministro Tom Butime congratulou-se com o facto de outras espécies estarem a aumentar, como os gorilas, que passaram de 302 no início dos anos 2000 para 459 em 2022.
“Os leões registaram um declínio acentuado devido a represálias mortais resultantes de conflitos entre humanos e animais selvagens. O número de leões caiu de um pico de 493 em 2014 para 275 leões em 2023”, salientou na apresentação de um relatório sobre o turismo neste país da África Oriental, que é conhecido por albergar uma das maiores biodiversidades do mundo.
A maioria dos leões do país (224) encontra-se no parque de Murchison Falls e 39 permanecem no parque Queen Elizabeth, onde os leões são conhecidos pela sua invulgar capacidade de trepar às árvores.
Nos últimos anos, foram registados numerosos casos de envenenamento em parques (nove em 2022, seis em 2021, 11 em 2018).
Os inquéritos raramente identificaram os autores e poucas foram as ações penais bem-sucedidas.
Estas práticas de envenenamento são, por vezes, feitas por agricultores em resposta a ataques ao seu gado, mas algumas estão também relacionadas com a caça furtiva.
Em 2021, a detenção de quatro caçadores furtivos levou à descoberta de cabeças e membros decapitados de quatro leões, bem como de frascos de veneno, lanças, uma catana e uma rede de caça.
Num relatório de 2023, o Governo já tinha alertado para as ameaças aos leões e chimpanzés no país, que, por outro lado, viu a sua população de elefantes quase quadruplicar (para 7.975) nas últimas quatro décadas.
No mesmo período, o número de girafas sextuplicou (para 2.072) e o de búfalos quase duplicou (para mais de 44.000).
Os parques nacionais são um dos pilares do turismo no Uganda.
O setor do turismo contribuiu com 7,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022, de acordo com dados do Ministério das Finanças.
Lusa