“Crianças e adolescentes são particularmente vulneráveis à poluição do ar porque os seus corpos, órgãos e sistemas imunológicos ainda estão em desenvolvimento”, alerta a AEA.
No estudo é referido que embora o número de mortes nessa faixa etária seja relativamente baixo em comparação com outras, tal representa uma perda de potencial futuro e uma carga significativa de doenças crónicas, tanto na infância quanto posteriormente.
As funções pulmonares das crianças e o desenvolvimento pulmonar são afetados principalmente pelo ozono e pelo dióxido de nitrogénio a curto prazo e por partículas finas transportadas pelo ar a longo prazo.
"A exposição materna à poluição do ar durante a gravidez está ligada ao risco de parto prematuro e ao nascimento de bebés com pouco peso. Aumenta o risco de problemas graves mais tarde, incluindo asma, redução da função pulmonar, infeções respiratórias e alergias", segundo dados da Agência.
A organização sediada em Copenhaga, na Dinamarca, alertou para a necessidade de se melhorar a qualidade do ar nas imediações das escolas e jardins-de-infância, bem como durante o desenvolvimento de diferentes atividades.
No relatório é destacado que, apesar das melhorias nos últimos anos, o nível de poluentes atmosféricos continua alto em comparação com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) em muitos países europeus, especialmente no centro e no leste, bem como em Itália.
Em causa está a queima de combustíveis como carvão para aquecimento doméstico e uso industrial.
Mais de 90% da população urbana da União Europeia (UE) está exposta a níveis nocivos de dióxido de nitrogénio, ozono e partículas finas, segundo dados de 2021.