Em comunicado publicado na sua página de Internet, a PJ indicou que a operação foi desencadeada pela Unidade Nacional de Contra Terrorismo desta polícia, no âmbito de dois inquéritos titulados pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Évora.
Esta operação policial, salientou, decorreu em várias cidades e freguesias do Baixo Alentejo e envolveu cerca de 480 operacionais da PJ, que deram cumprimento a 78 mandados de busca domiciliária e não domiciliária.
Segundo a PJ, até agora, foram detidas, fora de flagrante delito, 28 pessoas, que são suspeitas de integrarem “uma estrutura criminosa dedicada à exploração do trabalho de cidadãos imigrantes” no Baixo Alentejo.
Os cidadãos imigrantes, na sua maioria, eram “aliciados nos seus países de origem, como Roménia, Moldávia, Ucrânia, Índia, Senegal, Paquistão, entre outros, para virem trabalhar em explorações agrícolas naquela região do nosso país”, assinalou.
De acordo com a PJ, os suspeitos, de nacionalidade portuguesa e estrangeira, estão indiciados pela prática de crimes de associação criminosa, tráfico de pessoas, auxílio à imigração ilegal, angariação de mão-de-obra ilegal, extorsão, branqueamento de capitais, fraude fiscal, ofensas à integridade física, posse de arma de fogo e falsificação de documentos.
A Polícia Judiciária realçou que, durante a denominada “Operação Espelho”, foram apreendidos vários elementos probatórios e identificadas dezenas de vítimas.
Esta operação contou com a colaboração da Segurança Social no encaminhamento das vítimas com necessidades de apoio social imediato e o apoio logístico da Força Aérea Portuguesa.
Os detidos vão ser presentes a primeiro interrogatório judicial, na quarta-feira, para aplicação de eventuais medidas de coação.