Espanha, com cinco grupos, é o país com maior número de peregrinos organizados registados nos serviços do Santuário de Fátima, seguindo-se Portugal, com quatro, a Alemanha, com três, e a Polónia, com dois.
África do Sul, Benim, Costa do Marfim, Dinamarca, Hungria, Indonésia, Irlanda, Itália, Malta, Ilhas Seicheles e o Vietname têm um grupo cada no santuário, estando ainda registada uma peregrinação organizada contendo fiéis de diversos países.
A peregrinação de 12 e 13 de agosto ao Santuário de Fátima assinala a única "aparição" que não ocorreu num dia 13.
Com efeito, e segundo os relatos da época, no dia 13 de agosto de 1917 "não houve aparição de Nossa Senhora porque o Administrador de Vila Nova de Ourém prendeu os pequenos (Lúcia, Francisco e Jacinta) e levou-os para a vila".
Segundo o relato divulgado em documentação do santuário, (o administrador) "ali os reteve injustamente durante três dias, submetendo-os a múltiplos interrogatórios e ameaçando-os com violentos castigos. Por fim, não tendo conseguido obter deles nem a retratação da veracidade das aparições, nem a revelação do segredo, entregou-os aos pais".
"No domingo seguinte, 19 de agosto, Nossa Senhora tornou a aparecer num lugar chamado Valinhos", continua o relato sobre os acontecimentos ocorridos em Fátima, em 1917.
O Santuário de Fátima recebe hoje e no domingo a Peregrinação do Migrante e do Refugiado, presidida pelo arcebispo de Luanda, Filomeno Dias Vieira, tendo como tema "Livres de escolher se migrar ou ficar" e que está integrada na 51.ª Semana das Migrações, promovida pela Obra Católica Portuguesa para as Migrações, organismo da Comissão Episcopal da Pastoral Social e das Mobilidade Humana (CEPSMH).
A peregrinação, considerada uma das maiores do ano à Cova da Iria, conta tradicionalmente com muitos emigrantes portugueses que se encontram no país de férias, bem como com um crescente número de imigrantes radicados em Portugal e segue o programa habitual, com a recitação do terço, na Capelinha das Aparições, a partir das 21:30, seguida de procissão de velas e liturgia da Palavra, no altar do recinto, a marcar o primeiro dia.
No domingo, e depois de uma noite de vigília, será novamente recitado o terço, na Capelinha, a partir das 09:00, a que se seguirá a missa, a bênção dos doentes, a consagração e a procissão do Adeus.
Cumprindo uma tradição iniciada há 83 anos por um grupo de jovens da Juventude Agrária Católica de 17 paróquias da então diocese de Leiria, no domingo terá lugar a tradicional oferta de trigo ao Santuário de Fátima.