“Hoje mesmo entregámos na Assembleia da República e no quadro do debate do orçamento para 2022 uma proposta de admissão de 1.500 trabalhadores para o Instituto da Segurança Social, com um vínculo por tempo indeterminado”, anunciou o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, no início de um encontro com estruturas dos trabalhadores da Segurança Social, em Lisboa.
O dirigente comunista acrescentou que deste total de trabalhadores, “200 deverão ser afetos ao Centro Nacional de Pensões”.
Jerónimo de Sousa argumentou que os “anos de epidemia demonstraram que o sistema público de Segurança Social é fundamental para responder às necessidades dos trabalhadores” e o “seu reforço financeiro deve ser compensado”.
“Por isso consideramos fundamental que seja assegurada a transferência integral de verbas do Orçamento do Estado para retribuir os custos adicionais da Segurança Social com as medidas covid-19”, completou.
O secretário-geral comunista lamentou que nos “últimos 12 anos” tenham sido “destruídos mais de 7.000 dos 15.000 postos de trabalhos” que havia na Segurança Social, “ao mesmo tempo que foram encerrados serviços, concentrados meios, serviços e competência, com impactos negativos no seu funcionamento”.
“O número de admissões não tem compensado as saídas refletindo-se na degradação das condições de trabalho dos que diariamente garantem o funcionamento do sistema”, advogou o membro do Comité Central.
A maioria absoluta do PS no parlamento, defendeu Jerónimo de Sousa, “não dá resposta às necessidades de defesa e consolidação” da Segurança Social.
Na declaração sem direito a perguntas dos jornalistas, o secretário-geral referiu outras propostas que os comunistas apresentaram nos últimos dias, como, por exemplo, o aumento extraordinário de 5,3% para todas as pensões nunca inferior a 20 euros, ou a criação de uma rede pública de creches com 100.000 vagas até 2026.
O resto do encontro com os trabalhadores decorreu à porta fechada.