A resolução da Assembleia Legislativa da Madeira que recomenda ao executivo regional que desenvolva contactos com o Governo da República para garantir apoio financeiro à construção do novo hospital foi hoje publicada no Diário da República.

O parlamento madeirense pede ao governo liderado por Miguel Albuquerque (PSD) que desenvolva os contactos necessários com o Governo da República tendo em vista a "promoção dos indispensáveis recursos financeiros" inerentes à obra.

A resolução, aprovada em sessão plenária de 26 de novembro de 2015, lembra também que o Estado deve considerar a nova unidade hospitalar, cujo custo está estimado em 250 milhões de euros, como "projeto de interesse comum e caráter público", no respeito pelo princípio da solidariedade nacional.

A Assembleia Legislativa da Madeira recomenda ao Governo Regional que assegure imediatamente a adequada localização para a implantação do novo Hospital para a Madeira, que em princípio será na zona de Santa Rita (a oeste do Funchal), e que disponibilize todos os meios técnicos inerentes à ultimação do projeto e à sua correspondente aprovação.

A resolução considera a nova unidade como projeto prioritário, lembrando que o atual Hospital Dr. Nélio Mendonça, inaugurado em setembro de 1973, tem cada vez "mais dificuldades em apresentar todas as condições e valências de resposta às novas necessidades e desafios".

Na origem destas recomendações ao Governo Regional estiveram duas propostas de resolução, que visavam a candidatura a fundos comunitários da construção de um novo hospital e que este fosse considerado "projeto prioritário".

A primeira, da autoria do CDS-PP, foi aprovada por maioria, ao passo que a segunda, da responsabilidade do PCP, foi aprovada por unanimidade.

A necessidade de construção de um novo hospital na região autónoma reúne o consenso das forças políticas, nomeadamente dos deputados na Assembleia da República eleitos pela Madeira.

O projeto fazia parte do programa eleitoral da coligação PSD/CDS-PP e foi um dos temas tratados no primeiro encontro entre Miguel Albuquerque e o atual primeiro-ministro, António Costa.

No orçamento da região para 2016 está inscrita uma verba de um milhão de euros, dedicada a estudos e projetos na área da saúde, que também está relacionada com o projeto para o novo hospital.