Com uma larga maioria de 589 votos a favor, e apenas 12 contra, os eurodeputados, reunidos em sessão plenária em Estrasburgo (França), aprovaram um texto não vinculativo que insta a Comissão Europeia e o Conselho Europeu (Estados-membros) a “limitar a venda de antibióticos por parte dos profissionais de saúde […], e a suprimir toda a incitação – financeira ou de outro tipo – à prescrição de antibióticos”.
O documento recomenda a difusão de mensagens de sensibilização para “promover uma mudança de atitude que conduza a uma utilização responsável dos antibióticos”, e para “encorajar os pacientes […] a respeitar as recomendações prescritas pelos profissionais médicos”.
O PE considera ainda que as instâncias comunitárias devem intensificar os esforços para melhor recolher e transmitir dados de casos de resistência aos antibióticos e que devem criar incentivos para a investigação de novas substâncias alternativas.
“Se nada for feito, a resistência antimicrobiana pode causar mais mortes do que o cancro, de agora a 2050”, preconiza a relatora do texto, a eurodeputada austríaca Karin Kadenbach, que pede uma abordagem “holística” da saúde humana e animal.
A resistência aos antibióticos, causada principalmente pelo uso excessivo em humanos e animais, é responsável por cerca de 25.000 mortes anuais na União Europeia, de acordo com o PE.
LUSA