“A prorrogação será de mais 60 dias, para dar mais tempo à comissão especial e nesse momento analisaremos as conclusões”, anunciou o presidente do Parlamento, Omar Barboza.
No dia 15, o grupo de rebeldes, liderado por Óscar Pérez, foi confinado pelas forças de segurança a uma casa na zona de El Junquito, no noroeste de Caracas, de onde transmitiu informação, nas redes sociais, de que queria negociar a sua entrega às autoridades.
Contudo, uma operação das forças de segurança acabou com a morte de todos os membros do grupo, acusados de “terroristas” pelo Governo, e de dois polícias.
Óscar Pérez era acusado de, em junho de 2017, ter usado um helicóptero do Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminalísticas (CICPC, antiga Polícia Técnica Judiciária), para disparar vários tiros contra a sede do Ministério do Interior e Justiça e arremessado quatro granadas contra o Supremo Tribunal de Justiça, que não causaram vítimas.
Era também acusado de, a 18 de dezembro, ter liderado um grupo de 49 homens que assaltou um comando da Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militar), de onde roubaram armas e munições e manietaram vários oficiais, em Laguneta de La Montaña, a sul de Caracas. Em nenhum dos casos houve vítimas.
Após a sua morte e a dos membros do grupo, descrita como “massacre” por alguns opositores ao Governo, os respetivos corpos demoraram vários dias para serem entregues às respetivas famílias que, acompanhados por deputados da oposição, denunciaram pressões para que os corpos fossem queimados.
Um desses parlamentares foi Delsa Solórzano, presidente da comissão especial, que informou na terça-feira que as investigações foram apresentadas ao gabinete Alto Comissário dos Direitos Humanos das Nações Unidos.
Esta deputada denunciou no Parlamento, onde a oposição detém a maioria, que solicitou para a investigação informação a vários organismos, mas não obteve resposta.
Entre os pedidos está a lista dos funcionários que participaram na operação policial, “para determinar quais foram os autores materiais”.
LUSA