De acordo com a EFE, durante o evento ‘online’ denominado de "Building bridges", o Papa Francisco ao responder às perguntas de estudantes de universidades africanas, anunciou que, depois de ter cancelado a viagem nos últimos meses devido a dores no joelho, vai viajar no início de fevereiro do próximo ano.
“O médico proibiu-me. Agora posso caminhar, de bengala, mas posso”, afirmou o pontífice.
O papa tinha anunciado que ia cumprir a sua promessa de regressar a África e que discutiu isso com o arcebispo da Cantuária, Justin Welby, e o moderador da Igreja da Escócia, Jim Wallace, já que iriam juntos, devido àquele país ter uma presença significativa de anglicanos.
Neste encontro com os estudantes das universidades africanas, o Papa Francisco observou que "a história da África também foi uma história de escravidão e exploração, uma história difícil".
“Muitos de fora vieram para África, tanto missionários como exploradores, e mesmo quando encontrou a independência, o subsolo continuou a ser explorado por outros. Mas “a África não existe para ser explorada e tem a sua própria riqueza, que é a riqueza humana”, afirmou.
Entre as perguntas dos jovens, às quais Francisco respondeu em espanhol, estava uma sobre o progresso das chamadas "seitas" e também dos movimentos pentecostais, às quais Francisco respondeu que "hoje está a surgir uma espécie de supermercado da salvação", com "uma série de ‘ofertas’ religiosas para escolher".
"O caminho tu encontras-o no teu coração, sem intermediários", disse ele, frisando que "o maior critério de um grupo religioso é aquele que não te tira a liberdade", porque "se tirar a liberdade, não é um bom caminho".