Na missa celebrada na Basílica de São Pedro, em Roma, pela ocasião da II Jornada Mundial dos Pobres, dia instituído por Francisco, assistiram seis mil pessoas, entre sem-abrigo, indigentes, imigrantes, além de voluntários e representantes das associações que lhes prestam diariamente assistência.
“O clamor dos pobres é diariamente cada vez mais forte, mas a cada dia menos escutado, já que é dominado pelo barulho de alguns ricos, que são cada vez menos, mas mais ricos”, censurou.
“Vamos pedir a graça para ouvir o grito de quem vive em águas tumultuosas”, acrescentou, sublinhando que “é o grito dos muitos Lázaros que choram, enquanto um punhado de ricos se banqueteiam com aquilo que justamente pertence a todos”.
Aos fiéis, Francisco disse que é Deus quem pede que se reconheça “aquele que tem fome e sede, o estrangeiro e o despojado da sua dignidade, o doente e detido”.
“Vejamos o que sucede em cada uma das nossas jornadas: entre tantas coisas, fazemos alguma gratuitamente, fazemos alguma coisa àqueles que não têm como corresponder?”, interrogou Francisco durante a homilia.
Após a missa, o papa vai compartilhar no Vaticano uma refeição com mais de três mil pobres.
O Vaticano oferece também atendimento médico gratuito.
No ano passado, por ocasião do primeiro Dia Mundial dos Pobres, mais de 600 pessoas foram tratadas.
Iniciativas semelhantes vão ser realizadas em diferentes dioceses na Itália e no resto do mundo.
Desde o início do seu pontificado, em 2013, o papa tem vindo a denunciar a “globalização da indiferença” e diz que quer “uma igreja pobre para os pobres”, daí a escolha do nome Francisco, o “Povorello” [Pobre] de Assis, que escolheu quando foi eleito para liderar a Igreja Católica.
LUSA