“O que me faz medo? O banho de sangue”, respondeu o papa argentino à pergunta de um jornalista sobre a situação na Venezuela onde, acrescentou, “o problema da violência aterroriza-me”.
Jorge Bergoglio também solicitou “elevação para ajudar aqueles que podem ajudar a resolver este problema” nesse país em crise e à beira da guerra civil.
“Sofro pelo que neste momento está em vias de acontecer na Venezuela e por isso gostava que eles chegassem a acordo”, apesar de chegar a um acordo nem sempre seja a melhor solução. O necessário seria “uma solução justa e pacífica”, afirmou, prescindindo de mais declarações porque, como sublinhou, seria “uma imprudência” neste contexto explosivo.
Na sua missa do Angelus no domingo na Cidade do Panamá, Francisco tinha já reclamado “uma solução justa e pacífica para ultrapassar a crise [na Venezuela] respeitando os direitos humanos”.
A Venezuela atravessa uma das mais graves crises políticas, com o Presidente Nicolas Maduro, que recebeu o apoio das Forças Armadas, a acusar os Estados Unidos de incitar o opositor Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente, a efetuar um “golpe de Estado”.