O inquérito é lançado no âmbito do Observatório da Profissão, e resulta da verificação da “escassez de informação sobre o exercício profissional dos arquitetos e a prática em arquitetura” que a Ordem dos Arquitetos (OA) pretende colmatar, segundo um comunicado enviado à agência Lusa.
Promovido pela OA e desenvolvido por investigadores do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica Portuguesa (CESOP), o inquérito tem como principal objetivo “a recolha sistemática e continuada de dados relevantes, para responder aos desafios que se colocam, neste momento, à arquitetura e aos arquitetos”, justifica a OA.
O inquérito deverá dar a conhecer o perfil dos arquitetos, a sua caracterização sociodemográfica, as condições financeiras e de prática da profissão, entre outros parâmetros, segundo o investigador João António, do CESOP, entidade responsável pela recolha de dados e monitorização dos resultados, citado no comunicado.
Nesta primeira fase, o inquérito será dirigido apenas aos membros da OA e, numa segunda fase, será também alargado a não-membros, diplomados em arquitetura mas não inscritos na Ordem, avança ainda.
As conclusões obtidas nos dois inquéritos vão ser conhecidas no primeiro trimestre de 2023, “e os resultados vão constituir o grande alicerce para o futuro da profissão”, estima a OA.
A ação está inserida na atividade do Observatório da Profissão, formalizado em 2021, e que “visa entender a realidade da profissão, em Portugal, e as perspetivas para o futuro”, e irá desenvolver ações para conhecer melhor a realidade dos seus membros.
“Auscultar a opinião dos arquitetos sobre o estado da profissão é determinante, e os resultados obtidos farão a ponte para o futuro, com bases sólidas que poderão facilitar, entre outros temas, a tomada de decisão por parte dos agentes do setor”, sustenta a OA, no comunicado.
Nesta linha, será também alargado a não-membros, “a quem também é fundamental dar voz e perceber, nomeadamente, o que fazem no mercado, se trabalham na área, entre outras questões que permitam apontar algumas diretrizes”.
Também citado no comunicado, o presidente da OA, arquiteto Gonçalo Byrne, considera que “a participação de todos os membros neste primeiro inquérito é essencial, para fazer um diagnóstico fidedigno, capaz de traçar o perfil dos arquitetos portugueses, compreender o estado atual da profissão que, posteriormente, permita ainda definir algumas linhas estratégicas determinantes para o futuro e valorização da arquitetura no país”.
O Observatório da Profissão, assinala ainda, pretende ser um “pilar essencial” da OA, “estruturante para a ação dos arquitetos e para a arquitetura", assim como para a afirmação da entidade, “enquanto agente de promoção da inovação e melhoria das condições da prática da profissão, com impacto em todo o território nacional”.