No domingo, após um comentário na rede social Twitter por parte da jornalista Miriam Leitão, no qual escreveu que o Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, é um inimigo confesso da democracia, o deputado federal reagiu em defesa do pai, na mesma rede social, dizendo: "Ainda com pena da cobra".
A alusão de Eduardo Bolsonaro dizia respeito ao facto de, com 19 anos e grávida, Miriam Leitão ter sido torturada e deixada nua numa sala escura com uma cobra, durante o período da ditadura militar no Brasil (1964-1985).
O pedido de retirada de mandato já foi entregue ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e pela Rede Sustentabilidade, de acordo com a imprensa local.
No Twitter, o expectável candidato presidencial para as eleições de outubro Lula da Silva mostrou a sua “solidariedade à jornalista Miriam Leitão, vítima de ataques daqueles que defendem o indefensável”.
“As torturas e os assassinatos praticados pela ditadura. Seres humanos não precisam concordar entre si, mas comemorar o sofrimento alheio é perder de vez a humanidade”, acrescentou.
Também o pré-canditado à eleições presidenciais, Ciro Gomes teceu duras críticas ao filho de Bolsonaro considerando ser “difícil saber quem é o pior dos torturadores”.
“O que fere primeiro ou o que reacende a chaga da memória sempre aberta de um torturado. Ao debochar de Miriam Leitão o verme Eduardo Bolsonaro nos provoca esta sombria reflexão”, frisou.
Lusa