As operações de socorro desencadeadas na Madeira após as enxurradas de 2010 e os incêndios de 2016 tornaram-se "caso de estudo" e "referência nacional" ao nível da coordenação entre diversas entidades, afirmou hoje o comandante operacional da região.
"A realidade é que estamos inseridos numa região insular que se tem constituído como um local privilegiado de debate e reflexão estratégica e com resultados positivos em iniciativas práticas do nosso quotidiano", disse Carlos Perestrelo, durante as comemorações militares do 25.º aniversário do Comando Operacional da Madeira, que decorrem na Praça do Povo, no Funchal.
O responsável sublinhou a "preponderância" do funcionamento permanente do Centro de Situação e Operações, onde se executaram os trabalhos de coordenação e se agilizaram intervenções com resposta "imediata e eficaz" ao drama das aluviões em 2010 e dos incêndios no verão de 2016.
"As operações de socorro de todos os agentes de proteção civil tornaram-se caso de estudo e numa referência nacional, nomeadamente no trabalho de coordenação e na capacidade de resposta a situações de emergência no âmbito das missões de interesse público", afirmou Carlos Perestrelo.
O comandante operacional reforçou que uma das prioridades assenta, atualmente, na promoção de exercícios e na "estreita ligação" com o Serviço Regional de Proteção Civil, forças de segurança e outras entidades de modo a contribuir para o desenvolvimento do bem-estar da população da Madeira e Porto Santo.
"O esforço de todos e a disciplina de atitudes e os resultados obtidos no último ano respondem por si só quanto à credibilidade do trabalho aqui realizado", vincou, destacando os seminários académicos e os exercícios Zarco durante o triénio 2016-2018, uma vez que permitiram treinar procedimentos associados a estados de alerta e promover o incremento das relações de cooperação com as forças e serviços de segurança.
LUSA