“Esta estimativa é o resultado de inúmeras operações de salvamento em todo o mundo, embora sempre possam haver exceções e as vítimas possam aguentar um pouco mais de tempo”, declarou o porta-voz do Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), Jens Laerke, ao fazer uma primeira avaliação da tragédia causada pelos sismos que atingiram a Turquia e a Síria na segunda-feira.
Para o resgate das vítimas, a ONU mobilizou equipas de avaliação de desastres e também equipas de busca e salvamento, compostas pelos melhores especialistas do mundo nestas tarefas, que já se estão a deslocar para a Turquia, segundo o OCHA.
Além disso, na segunda-feira chegaram a este país doze equipas enviadas por diversos países e prevê-se a chegada de outras 27 entre hoje e quarta-feira.
“O grande desafio agora é o acesso por terra [para estas equipas e os seus equipamentos], já que muitas estradas da região foram destruídas pelos sismos”, afirmou Laerke.
Outra dificuldade enfrentada é a falta de veículos para transportar os peritos internacionais, entretanto, as autoridades locais já estão a mobilizar camiões de outras províncias da Turquia para colmatar esta situação.
O primeiro terramoto ocorreu às 04h17 (01h17 em Lisboa), a 33 quilómetros da capital da província de Gaziantep, no sudeste da Turquia e próximo da fronteira norte da Síria, a uma profundidade de 17,9 quilómetros.
O balanço das autoridades aponta, até ao momento, para mais de 5.000 mortos nos dois países.