No decurso de uma intervenção perante o Conselho de Direitos Humanos da ONU, Michelle Bachelet referiu-se a ataques indiscriminados contra hospitais, escolas e outras infraestruturas “que estão proibidos pela lei humanitária internacional e que poderiam constituir crimes de guerra”.
A Convenção sobre munições com bombas de fragmentação, em vigor desde 2010, proíbe o uso, desenvolvimento, fabrico e aquisição deste armamento devido ao seu impacto indiscriminado entre os civis, apesar de potências como a Rússia, Estados Unidos ou a China nunca a terem ratificado.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.179 civis, incluindo 104 crianças, e feriu 1.860, entre os quais 134 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de quatro milhões para os países vizinhos.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.