Israel anunciou hoje a morte em combate de oito soldados no sul do Líbano, um dia depois de ter anunciado uma incursão terrestre no país vizinho.
As forças israelitas tinham anunciado anteriormente uma primeira baixa no sul do Líbano, mas acrescentou agora mais sete soldados mortos depois de ter avisado as respetivas famílias.
O anúncio surge numa altura em que Israel envia mais tropas e artilharia para a zona fronteiriça, segundo a agência norte-americana AP.
Os combates entre as tropas israelitas e militantes do grupo xiita libanês Hezbollah prosseguiam no sul do Líbano, disseram as duas partes em declarações separadas.
O Hezbollah anunciou ter destruído três tanques israelitas que avançavam em direção a uma aldeia fronteiriça, segundo a agência francesa AFP.
O exército israelita disse que três dos soldados foram mortos durante um tiroteio com membros do Hezbollah numa cidade do sul do Líbano.
Os restantes mortos foram mortos em dois incidentes separados.
Outros cinco soldados ficaram feridos, disse o exército, citado pela agência espanhola Europa Press.
Israel referiu-se hoje pela primeira vez à ocorrência de combates a curta distância no sul do Líbano, onde até agora só tinha falado de bombardeamentos, segundo a agência espanhola EFE.
O Hezbollah anunciou num comunicado de manhã, também pela primeira vez, que estava a entrar em confronto com um grupo de soldados israelitas infiltrados na cidade meridional de Maron al-Ras e alegou ter causado mortes.
Israel está a mobilizar cada vez mais soldados ao longo da fronteira com o Líbano, disse ainda a organização xiita apoiada pelo Irão.
Também o exército libanês anunciou que tropas israelitas tinham atravessado a chamada Linha Azul, a fronteira de facto que separa os dois países vizinhos.
A ofensiva terrestre de Israel ocorre após 10 dias de pesados bombardeamentos aéreos no sul e leste do Líbano e nos subúrbios do sul de Beirute, os principais redutos do Hezbollah no Líbano.
Os bombardeamentos mataram dirigentes do Hezbollah, incluindo o chefe máximo da organização apoiada pelo Irão, Hassan Nasrallah.
Lusa