O secretário regional da Saúde da Madeira, Pedro Ramos, mostrou-se hoje satisfeito com um estudo da Deco que retrata a experiência dos utentes, tendo o Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, obtido a classificação "BOA" nos seus serviços.
De acordo com o estudo, divulgado na terça-feira, o Hospital Dr. Nélio Mendonça teve uma classificação de 85 pontos (Boa) na avaliação global da experiência do utente; de 88 (Boa) no serviço e consulta; de 88 (Boa) no internamento e de 82 pontos (Boa) no serviço de urgência.
"Falta-nos apenas dois pontos para ter uma avaliação de ‘Muito Bom’, o que revela que o Governo Regional continua o seu investimento na área da Saúde, essa é a estratégia que sempre defendemos em prol da população", comentou Pedro Ramos no concelho da Calheta, no final da política de proximidade encetada pelo Governo Regional que levou o governante a visitar os 47 Centros de Saúde da Região Autónoma da Madeira.
"Há 100% de cobertura no Centro de Saúde da Calheta e na Calheta, é um concelho que tem uma resposta adicional em relação às restantes zonas da Madeira", disse.
Tomásia Alves, presidente do Serviço Regional de Saúde da Região Autónoma da Madeira (SESARAM), revelou, por seu lado, que as obras de reabilitação do Centro de Saúde da Calheta arrancam em 01 de março, dia em que transitarão para o Centro de Saúde dos Prazeres os serviços de consulta e urgência e o internamento será distribuído por três locais, sendo que a Santa Casa da Misericórdia da Calheta "disponibilizou um quarto".
Os portugueses ouvidos no estudo da Deco sobre as suas experiências nos hospitais dão um voto de confiança aos estabelecimentos de saúde, mas dizem que o tempo de espera, as opções alimentares e a comunicação ainda podem melhorar.
O trabalho, realizado pela Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco), em colaboração com investigadores da Faculdade de Medicina de Lisboa, pretendeu pôr o acento na experiência do utente e não avaliar a qualidade dos serviços prestados.
"Aqui, quem avalia são os utentes, (…) é sobretudo de cuidados centrados no cidadão que estamos a falar", refere a Deco no estudo, sublinhando que "um cuidado médico competente, mas destituído de atenção face ao ser humano a que é dirigido, produzirá muito provavelmente uma experiência pouco ou nada satisfatória".
Com 1.723 entrevistas válidas, a Deco recolheu informação sobre 42 hospitais de todo o país, incluindo ilhas, cinco dos quais privados.
"Em síntese, os portugueses dão um voto de confiança aos seus hospitais, mas mantêm uma vigilância exigente. Esperas mais curtas e confortáveis, menos ruído, opções alimentares que vão ao encontro das preferências e necessidades dos doentes, e servidas a horas adequadas, assim como melhor comunicação com o hospital, são áreas prioritárias", refere o documento.
LUSA