Segundo os dados apresentados em Bruxelas pelo organismo oficial de estatísticas europeu, no ano passado houve 47,2% de portugueses que não conseguiram estar fora de casa durante uma semana de férias, o que compara com as percentagens de 51,3% e de 55,6% que não conseguiram gozar férias em 2015 e 2014.
Olhando para os dados do Eurostat relativos a Portugal desde 2010, constata-se ainda que a percentagem de portugueses que não tinha dinheiro suficiente para sair de casa de férias durante uma semana esteve sempre, até 2016, acima dos 50%.
Assim, 64,6% dos portugueses ficavam em casa nas férias em 2010, no ano seguinte a percentagem reduziu-se para 57,2% e em 2012 passou para 56,1%.
Em 2013 a percentagem evoluiu para 59,8% e em 2014 a percentagem desceu para 55,6%, antes de chegar a 51,3% em 2015, o último ano em que foram mais os portugueses que não conseguiram fazer férias fora de casa do que aqueles que conseguiram.
Olhando para os dados gerais, constata-se que Portugal é o sétimo país com uma percentagem mais elevada de cidadãos que não conseguem ir de férias, tendo ao lado a Itália (47,2%) e a Hungria (50,7%).
Entre os 28 países analisados pelo Eurostat, um em cada três cidadãos da União Europeia não conseguiu ter uma semana de férias fora da sua residência: no ano passado 32,9% de europeus não foram de férias, o que representa uma redução da percentagem de cidadãos que não estiveram longe do emprego e de casa em 2013, ano em que 48% dos europeus não foi de férias uma semana.
O estudo do Eurostat revela que as famílias com filhos ficam mais sem férias: 34,6% dos casais com filhos não foi de férias, face a 31,3% de famílias sem filhos.
A Roménia (66,6%), a Croácia (62.8%), Bulgária (56,4%), Grécia (53,6%), Chipre (53,5% e Hungria (50,7%) são os países onde mais de metade das famílias não conseguiu fazer férias de uma semana por dificuldades financeiras, de acordo com os dados do Eurostat consultados pela Lusa.
Em sentido inverso, os países onde menos pessoas deixaram de ter pelo menos uma semana de férias por ano devido às suas condições financeiras são a Suécia (8,2%), o Luxemburgo (13,1%) e a Dinamarca (13,7%).
LUSA