“Recordo que no passado outubro de 2017 estavam identificadas cerca de 67 pessoas em situação de sem-abrigo só no centro do Funchal, sendo que atualmente o número ascende a 115 pessoas”, disse Miguel Silva Gouveia na conferência municipal “Estar em situação de sem-abrigo”, que decorre no Teatro Baltazar Dias.
Por isso, o responsável do município, na Madeira, vincou que “os números das pessoas em situação de sem-abrigo demonstram que a batalha da inclusão está longe de ser ganha.”
“Por um lado, o diagnóstico liderado pela autarquia está a ser eficaz, mas é impreterível continuar a investir nas terapias adequadas e num trabalho em rede, associando todas as entidades e sociedade civil num papel diferenciador”, referiu.
No entender do autarca, “é imprescindível que se coloque as pessoas no centro das ações e tem sido essa a visão da autarquia ao longo destes quatro anos, trabalhando junto de instituições e parceiros num investimento anual de cerca de 100 mil euros.”
Miguel Silva Gouveia também realçou que, nos últimos anos, tem sido desenvolvido “um trabalho contínuo e de proximidade no que concerne a temáticas de inclusão”.
Na opinião do presidente da Câmara do Funchal, “é necessário analisar a causa raiz de cada uma das situações de sem-abrigo”, para obter depois um leque de razões, como, por exemplo, situações de toxicodependência e alcoolismo, bem como patologias psiquiátricas ou psicologias.
Para tal, apontou, é necessária a “mobilização de todos” e é preciso ter “uma resposta comum e integrada de todos os serviços”.
“Só assim a inclusão será uma realidade, evoluindo do diagnóstico para a fase efetiva de resolução dos casos de pessoas em situação de sem-abrigo”, concluiu.
C/Lusa