De acordo com o porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Desastres, Sutopo Purwo Nugroho, o número de mortos na sequência da catástrofe aumentou para 832 pessoas.
A maioria das vítimas (821) registou-se em Palu, cidade com cerca de 350.000 habitantes na costa oeste de Celebes, havendo também registo de mortes (11) em Dongalla.
No entanto, a Cruz Vermelha Internacional já alertou que há pouca informação sobre Danggala, cidade de difícil acesso, afirmando ser "extremamente preocupante".
"Isto já é uma tragédia, mas pode ser pior", lê-se num comunicado divulgado por aquela organização.
As falhas nas comunicações têm dificultado os trabalhos das equipas de busca e salvamento no terreno, mas as agências internacionais falam em centenas de feridos a receber tratamento médico em tendas improvisadas no exterior.
As autoridades indonésias reabriram hoje o aeroporto de Palu, o que vai acelerar a chegada de ajuda humanitária.
Os voos comerciais serão limitados e as operações de emergência e de ajuda humanitária terão prioridade, num momento em que os dados oficiais apontam também para mais de meio milhar de feridos e mais de 16 mil deslocados.
Entretanto, o Presidente da Indonésia, Joko Widodo, já chegou hoje a Palu, onde vai visitar a área mais afetada.
A Força Aérea da Indonésia vai enviar dezenas de aviões Hercules, quatro aeronaves Boeing 737, cinco CN 295, duas aeronaves CN 235 e vários helicópteros para reforçarem o apoio às operações de resgate, humanitárias, nas evacuações e na logística.
O Ministério da Saúde está a organizar a chegada de pessoal e suprimentos médicos a Palu e a Donggala.
Fontes no terreno já apontaram a carência de especialistas em ortopedia, de cirurgiões gerais, neurocirurgiões, anestesistas e enfermeiros.
O Ministério dos Assuntos Sociais enviou para Palu seis cozinhas públicas com capacidade para preparar 36 mil refeições diárias.
As autoridades, para conterem os casos de roubo e pilhagem em Palu, autorizaram as vítimas a obter provisões em determinados negócios dirigidos pelo Estado.
A Indonésia assenta sobre o chamado Anel de Fogo do Pacífico, uma zona de grande atividade sísmica e vulcânica onde, em cada ano, se registam cerca de 7.000 terramotos, a maioria moderados.
Entre 29 de junho e 19 de agosto, pelo menos 557 pessoas morreram e quase 400.000 ficaram deslocadas devido a quatro terramotos de magnitudes compreendidas entre 6,3 e 6,9, que sacudiram a ilha indonésia de Lombok.
C/ LUSA