Dos acidentes ocorridos em 2022, há a registar 3 acidentes mortais, número igual ao do ano precedente. O setor da “Construção” concentrou o maior número de acidentes (23,6% do total), seguido do setor “Alojamento, restauração e similares” com 18,1% e do setor “Comércio por grosso e retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos” com 13,2%. O setor “Alojamento, restauração e similares” foi o que registou em valor absoluto, o maior aumento face a 2021 (mais 267 acidentes). Em oposição, o setor “Administração Pública e Defesa; Segurança Social Obrigatória” foi o que observou, em valor absoluto, a maior diminuição, menos 23 acidentes (-10,9% que em 2021), representando 4,4% do total de acidentes.
Por sexo e grupos etários, observa-se que, em 2022, a maioria dos acidentes ocorreu com os homens (71,1%) e nas pessoas entre 35 e 54 anos de idade (53,8%). Por grupos profissionais, os “Trabalhadores qualificados da construção e similares, exceto eletricista”, (626 acidentes; 14,7%) e os “Trabalhadores dos serviços pessoais” (456 acidentes; 10,7%), foram os que registaram maior número de sinistrados.
No que diz respeito ao tipo de local do acidente, 20,5% dos acidentes ocorreram em “Zona industrial” (874 acidentes), 19,6% em “Local de atividade terciária, escritório, entretenimento, diversos” (834 acidentes) e 19,2% em “Estaleiro, construção, pedreira, mina a céu aberto” (817 acidentes). A causa da maioria dos acidentes foi o “Movimento do corpo sujeito a constrangimento físico” (29,2% do total de acidentes; 1 246).
Os principais acontecimentos geradores diretos da lesão dos sinistrados continuaram a ser “Constrangimento físico do corpo, constrangimento psíquico” (26,4%; 1 125 acidentes) e “Esmagamento em movimento vertical ou horizontal sobre/contra objeto imóvel” (19,3%; 823 acidentes).
Quanto às consequências dos acidentes, constata-se que as “Feridas e lesões superficiais” e as “Deslocações, entorses e distensões” foram as lesões que mais se evidenciaram, cujo peso no total, em 2022, fixou-se em 52,2% e 39,2%, respetivamente. Cerca de 3 em cada 5 acidentes atingiram as “Extremidades superiores” ou as “Extremidades inferiores” (34,5% e 27,9%, pela mesma ordem).
Relativamente ao número de dias de ausência do trabalho, é de referir que 25,8% dos acidentes não mortais não implicaram qualquer ausência ao trabalho. Contabilizaram-se 124 120 dias de trabalho perdido devido a acidente de trabalho, destacando-se o intervalo de 7 a 13 dias de ausência para 18,4% do total de acidentes não mortais. O maior número de dias de trabalho perdidos devido a acidentes de trabalho ocorreu no setor da “Construção” (34 485 dias; 27,8% do total de dias perdidos) seguido pelo setor “Alojamento, restauração e similares” (19 145 dias; 15,4% do total de dias perdidos). Em média, perderam-se 29 dias de trabalho por acidente, sendo o setor “Indústrias extrativas” o que registou a média mais alta (60 dias por acidente), seguido pelos setores “Outras atividades de serviços” e “Atividades imobiliárias”, ambos com 49 dias por acidente.