Um novo teste sanguíneo experimental permitiu detetar precocemente os oito cancros mais frequentes em 70% dos casos, de acordo com um estudo publicado na revista Science feito por investigadores nos Estados Unidos.
Mais de mil pacientes diagnosticados com cancro participaram na investigação conduzida na universidade Johns Hopkins, em Baltimore, para se chegar ao CancerSEEK, que procura mutações em 16 genes ligados a diferentes tipos de cancro e identifica determinadas proteínas a circular na corrente sanguínea associadas a cancros.
Com experiências realizadas também em 850 pessoas sãs, o novo método de diagnóstico foi eficaz a detetar os casos de cancros do ovário, fígado, estômago, pâncreas, esófago, colorrectal, pulmão e mama.
Nas 1.005 amostras de sangue recolhidas dos pacientes com cancro, a taxa de deteção variou entre 33 e 98%, dependendo do tipo.
Nos cancros dos ovários, fígado, estômago, pâncreas e esófago, que são os mais difíceis de detetar, o teste funcionou em 69% dos casos.
O objetivo último da equipa é detetar os cancros antes mesmo de haver sintomas.
De acordo com os investigadores, "é muito baixa" a probabilidade de haver falsos positivos com este teste.
A equipa já pediu a patente do teste, que acredita poder ser colocado no mercado por cerca de 400 euros.
LUSA