“Kharkiv é hoje a Estalinegrado do século XXI”, disse Oleksiy Arestovich, alto conselheiro da Presidência ucraniana, fazendo a comparação com um episódio histórico, quando, durante cinco meses, o Exército soviético defendeu aquela cidade russa das forças nazis, durante a Segunda Guerra Mundial.
Os ataques russos, muitos com mísseis, fizeram explodir o telhado do prédio da sede da polícia regional em Kharkiv e também atingiram a sede dos serviços de informações e um prédio da universidade, para além de edifícios residenciais, de acordo com autoridades ucranianas.
Arestovich disse que, durante o ataque, vários aviões russos foram abatidos, embora esta informação não possa ser confirmada por agências independentes.
O Serviço de Emergência do Estado ucraniano informou que mais de 2.000 civis foram mortos, mas tal também não pode ser verificado de forma independente.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 2.000 civis, incluindo crianças, segundo o mais recente balanço de Kiev, que não precisa o número de baixas militares. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e de pelo menos 836 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia desde o início da invasão.
O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a “operação militar especial” na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.