“O visto do Tribunal de Contas é um momento importante, porque nos vai permitir iniciar a obra no final de outubro e é o culminar de um longo processo formal, que teve o seu início com a elaboração do projeto, posterior candidatura a fundos comunitários, depois abertura do concurso público, que exigiu muito trabalho e empenho a toda a equipa da Câmara”, afirmou hoje à agência Lusa, o presidente do Município de Mira, Raul Almeida.
Esta intervenção, orçada em 1,7 milhões de euros, é apoiada por fundos comunitários.
A área para executar neste projeto estava anteriormente ocupada por povoamentos de pinheiro-bravo, tendo sido destruído todo o arvoredo, pelo incêndio florestal que aconteceu a 15 de outubro de 2017.
Trata-se de uma intervenção “muito importante, porque vai permitir repor uma parte significativa da área que ardeu em 2017, permitindo, além da plantação propriamente dita, a limpeza e regularização do terreno”, sublinhou o autarca.
De acordo com a autarquia, o projeto inclui a “recuperação do perímetro florestal das dunas e pinhais de Mira” (distrito de Coimbra), bem como “a preparação do terreno para acomodar a plantação, com operações de corte e redução da estilha, e deposição no solo da vegetação arbustiva constituída por matos e acácia de espigas dentro da área de intervenção”.
Posteriormente, segue-se a plantação com plantas de pinheiro-bravo na maior parte da área, e de pinheiro-manso, nas áreas identificadas da rede primária.
“Para além da urgência na recuperação do importante papel de fixação das areias, proteção dos ventos e tampão às brisas e nevoeiros marítimos, as intervenções propostas assentam na necessidade real, inequívoca e oportuna da realização do investimento, com razoabilidade de custos, na ótica de análise de custo-benefício e da diminuição dos impactos no sistema florestal”, acrescentou a Câmara Municipal.
A reflorestação tem em conta os objetivos previamente estabelecidos, a resposta do ecossistema ao fogo, bem como as orientações regionais de ordenamento florestal constantes no Programa Regional de Ordenamento Florestal (PROF).