“É alguém que tem as qualidades humanas, cívicas e competência política para o desempenho dessas funções. (…) Não é por falta de qualidades e competências que não venha a ser escolhido”, afirmou.
José Luís Carneiro sublinhou, porém, tratar-se de “uma matéria bastante competitiva e complexa”, face à existência de dezenas de candidatos ao cargo.
Nesse sentido, o ministro remeteu para Eduardo Cabrita explicações mais aprofundadas sobre a futura direção da Frontex, cuja candidatura o ex-governante confirmou à Lusa no passado dia 07 de outubro.
Eduardo Cabrita apresentou a candidatura em julho após a publicação, a 21 de junho, no jornal oficial da União Europeia de uma vaga para o cargo de diretor executivo da Frontex.
O concurso ainda está a decorrer e a decisão, a cargo da Comissão Europeia, deverá ser tomada até ao final do ano.
A notícia da candidatura foi avançada pela Rádio Renascença, que indicou que a candidatura foi entregue em Bruxelas pelo próprio ex-ministro da Administração Interna e o Governo foi de imediato informado desta intenção.
Segundo a Renascença, o processo de seleção começou em abril e, ao todo, houve 78 candidaturas internacionais apresentadas.
A Frontex está desde abril sem diretor, altura em que o francês Fabrice Leggeri se demitiu do cargo após a conclusão de um inquérito do gabinete OLAF (que investiga faltas graves nas instituições europeias) sobre alegações de assédio, conduta imprópria e afastamento ilegal de migrantes.
Eduardo Cabrita demitiu-se de ministro da Administração Interna em dezembro de 2021, após a polémica em torno do acidente de viação do carro em que seguia em junho desse ano e que vitimou mortalmente um trabalhador de uma obra em curso na A6, na zona de Évora.
O Ministério Público já elaborou o despacho final sobre este acidente, tendo arquivado o processo em relação ao ex-ministro e ao seu chefe de segurança e acusado o motorista Marco Pontes de homicídio por negligência.