“Lamento profundamente a decisão anunciada por Sérgio Figueiredo, mas compreendo muito bem as razões que a motivaram”, começou por afirmar Fernando Medina, em comunicado enviado às redações, sobre a decisão de Sérgio Figueiredo de não prestar os serviços de consultoria para o gabinete do ministro das Finanças.
O ministro das Finanças vincou lamentar “não poder contar com o valioso contributo de Sérgio Figueiredo ao serviço do interesse público”.
Fernando Medina considerou também que “a melhoria da qualidade da decisão através do contacto regular e informado com os principais agentes económicos e sociais do país é uma necessidade específica do Ministério das Finanças, que acrescenta às avaliações já desenvolvidas por outros organismos públicos”.
Neste sentido, o governante defendeu que “Sérgio Figueiredo reúne excelentes condições para desempenhar tais funções”, referindo a sua formação em Economia, a experiência como jornalista e diretor de diversos órgãos de comunicação social, tendo-se afirmado “como um dos mais destacados analistas nacionais de política económica”, e ainda a liderança de cerca de sete anos e meio da Fundação EDP.
Sérgio Figueiredo renunciou hoje ao cargo de consultor do ministro das Finanças, comunicando a decisão através de um texto publicado no Jornal de Negócios.
“Para mim chega! Sou a partir deste momento o ex-futuro consultor do ministro das Finanças. Sossego as almas mais sobressaltadas de que não cheguei a receber um cêntimo, sequer formalizei o contrato que desde a semana passada esperava pela minha assinatura”, pode ler-se num texto assinado por Sérgio Figueiredo.
O jornal Público noticiou em 09 de agosto que o Ministério das Finanças tinha contratado o antigo diretor de informação da TVI e ex-administrador da Fundação EDP Sérgio Figueiredo como consultor estratégico para fazer a avaliação e monitorização do impacto das políticas públicas, escolha que motivou críticas de partidos políticos e comentadores.