O desfile conta com a participação de 14 trupes (mais três do que em 2018) e 1.966 figurantes, mas no total o evento envolve a colaboração de cinco mil pessoas e decorre até 26 de maio, subordinado ao tema "600 Anos na Rota da Flor", numa alusão às comemorações que decorrem até ao final do ano dos 600 anos do descobrimento da Madeira e do Porto Santo.
"Estamos a fazer o que é correto, que é tentarmos ter um conjunto de eventos ao longo destas semanas que proporcionem uma taxa de ocupação acrescida no mês de maio", disse o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, que assiste ao desfile.
As avenidas marginais do Funchal encontram-se esta tarde repletas de pessoas, entre locais e turistas, enquanto decorre o cortejo carregado de cor, música e flores.
"Este cartaz já ultrapassa o do fim do ano, mas não é só para os turistas, é também para os madeirenses", afirmou Miguel Albuquerque.
Apesar de a taxa ocupação hoteleira ter atingido os 90% este fim de semana, no global do mês ronda os 84%, o mesmo valor do ano passado, sendo que o executivo regional investiu neste cartaz cerca de 600 mil euros.
O evento apresenta como novidades o "Madeira Flower Collection" (dez criadores são convidados a apresentar três propostas de coordenados, que serão apresentadas ao público num desfile na Praça do Povo), os concertos em jardins emblemáticos da região com flora diversificada (Museu da Quinta das Cruzes, Quinta Vigia, Grutas e Centro de Vulcanismo de São Vicente e Parque Temático de Santana) e as instalações florais na cidade do Funchal.
Os tapetes florais, o mercado das flores e dos sabores, a animação na Placa Central junto à Sé do Funchal com concertos e atuação de grupos de folclore, a 43.ª edição da Mostra da Flor, as exposições de bordados e tapeçarias, o atelier para crianças, a IV Marcha/Corrida da Solidariedade para a inclusão e o Madeira Classic Car Revival são outras atrações da Festa da Flor Madeira/2019.
"Uma parte das flores é da Madeira e outra parte não", disse Miguel Albuquerque, reconhecendo que o evento, dada a sua dimensão, conta com uma grande percentagem de flores importadas.
Miguel Albuquerque vincou, no entanto, que a produção hortícola e frutícola, incluindo o setor das flores, atingiu no ano passado o "maior número de sempre", gerando 61 milhões de euros líquidos de rendimento.
"E a tendência é para crescer", disse.
LUSA