O presidente do Governo da Madeira afirmou hoje, no Funchal, que a educação é uma das prioridades do seu executivo e prometeu combater o abandono escolar, bem como repor as 35 horas de trabalho para os professores.
Miguel Albuquerque definiu o abandono escolar como "uma praga" responsável pela criação de "desfasamentos" na sociedade, realçando, por outro lado, que os alunos da região autónoma enfrentam à partida uma desvantagem que resulta da insularidade, razão pela qual a educação é uma das prioridades do Governo.
O chefe do executivo madeirense falava na cerimónia de abertura do ano letivo 2015/2016, que decorreu na Escola Secundária Francisco Franco, onde também prometeu criar um novo modelo de avaliação dos docentes.
Miguel Albuquerque considerou, no entanto, que o sucesso das políticas ao nível da educação vai depender da concretização dos objetivos gerais do Governo, que passam pela consolidação orçamental, a revitalização da economia regional e a aposta no setor social.
O secretário da Educação, Jorge Carvalho, lembrou, por seu lado, que a educação consome sempre um valor entre 20 a 25% do orçamento regional, sublinhando que a Madeira dispõe de um parque escolar "bem dimensionado" para as necessidades.
O ano letivo 2015/2016 na Madeira arranca no dia 21 de setembro com 48 mil anos, sendo que o processo de colocação de professores ficou concluído esta segunda-feira.
"Todas as escolas estão completamente cobertas e não há nenhuma razão que impeça, no próximo dia 21, um início absolutamente normal do ano letivo em todos os estabelecimentos de ensino da região", afirmou Jorge Carvalho.
O governante realçou que a preparação do novo ano escolar baseou-se numa "visão partilhada de responsabilidades" e acarretou "esforços administrativos" que resultaram na constituição de emprego, sobretudo ao nível dos projetos pedagógicos.
"Seria falsa modéstia não sublinhar que resistimos à tendência para deixar tudo na mesma, ao hábito de fingir preocupações que não se combatem, à atitude de ignorar evidências que de tão exageradas quase cegam", disse Jorge Carvalho.