O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque (PSD), defendeu hoje, em Lisboa, que o arquipélago pode beneficiar muito com novos produtores de energia que estão a surgir no mundo.
"A grande potência energética do futuro vão ser os Estados Unidos. Podem transformar o Atlântico num dos polos energéticos mais importantes do mundo. A Europa não pode depender do gás russo como depende (…) e a Madeira oferece um posicionamento central", afirmou.
Miguel Albuquerque falava na sessão de abertura da conferência ‘A Madeira como Plataforma de Investimento’, que decorreu hoje de manhã em Lisboa.
Afirmando que o Atlântico vai ser "um dos maiores centros de intercâmbio do planeta a nível energético", o presidente do Governo regional disse ainda que o acordo para a eliminação das alterações das tarifas aduaneiras que está a ser negociado também será favorável para aquelas ilhas.
"Temos de nos saber posicionar neste intercâmbio comercial e energético", afirmou.
Referindo-se à zona franca da Madeira, Miguel Albuquerque frisou que "proporciona a internacionalização das empresas lá sediadas e é um polo para a interconexão de Portugal no mundo", nomeadamente com a América do Norte, a América do Sul e com África.
Segundo o presidente, a zona franca "é uma área onde as empresas podem atuar dentro da legalidade".
"Isto não é uma ‘offshore’. É um sistema de apoio às empresas, no âmbito de um regulamento aprovado pela União Europeia e pelas entidades nacionais. Paga impostos e é fiscalizado", frisou o chefe do Executivo madeirense.
Por isso, defendeu que a Madeira oferece "credibilidade, transparência e legalidade".