Segundo um comunicado do SEF, o tribunal, “perante o esgotamento da capacidade de instalação dos centros de instalação temporária do SEF, determinou que os cidadãos sejam conduzidos ao Estabelecimento Prisional do Linhó, onde aguardarão os trâmites do processo de afastamento que lhes vier a ser instaurado”.
Os 21 migrantes, oriundos de Marrocos, foram intercetados já no areal da Ilha do Farol, pelas 19:45 de terça-feira, tendo depois ficado à guarda das GNR e do SEF e sido transferidos para um pavilhão desportivo em Olhão, também no Algarve.
Após o desembarque, as autoridades desencadearam “os procedimentos necessários para apurar as suas identidades, uma vez que chegaram indocumentados”, prossegue o comunicado.
Durante estes dias, os 21 homens pernoitaram nas instalações da zona de apoio à população em Olhão, “tendo-lhes sido garantidas todas as necessidades básicas”.
Foram ainda realizados testes à covid-19, todos com resultado negativo, conclui o SEF.
O Algarve tem sido procurado por migrantes ilegais como porta de entrada para a Europa, tendência que se tem acentuado no últimos meses.
Este é o quinto caso de desembarque ilegal na costa algarvia de migrantes marroquinos, no espaço de oito meses.
A diretora nacional do SEF afirmou na quarta-feira que é “inegável” a sucessão de desembarques de migrantes marroquinos na costa algarvia, mas considerou “prematuro” falar da existência de uma rota de imigração ilegal.
“Ainda há investigações que estão em curso, há avaliações que têm de ser feitas. Ainda não temos informação suficiente sobre este último desembarque para podermos afirmar se há uma rota, se há uma rede”, apontou, após uma reunião na Câmara de Olhão.
Desde dezembro, já foram intercetados pelas autoridades 69 migrantes provenientes do norte de África na região.
C/Lusa