Falando em Barcelos, durante a assinatura de um protocolo entre o município local e o Alto Comissariado para as Migrações para a instalação naquele concelho de um Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes (CLAIM), Isabel Almeida Rodrigues defendeu que as migrações “são uma oportunidade” não só para quem parte à procura de melhores condições de vida e segurança, mas também para o país acolhedor.
“Em Portugal, as contribuições para a Segurança Social, em 2022, já ultrapassaram os mil milhões de euros. Trata-se de um número significativo e de um importante contributo para a sustentabilidade daquele sistema”, referiu.
Além das contribuições para a Segurança Social, que em 2021 tinham atingido os 900 mil euros, a governante considerou que os imigrantes “abrem os nossos olhos e os nossos horizontes” para novas culturas e “trazem outros sabores e outras cores”.
“As migrações são uma oportunidade para quem migra, mas também para quem acolhe”, frisou.
Segundo a secretária de Estado, Portugal recebeu em 2022 ”sete vezes mais migrantes do que nos sete anos anteriores”, fruto da guerra na Ucrânia.
“Não foi um ano fácil, foram muitas pessoas num curto espaço de tempo, mas Portugal disse presente e respondeu à altura”, acrescentou.
Disse ainda que Portugal continua a receber migrantes “quase todos os dias” e defendeu que a mobilidade “tem de ser vista como um direito fundamental do ser humano”.
Nesse sentido, destacou a importância dos CLAIM, com vista a um melhor acolhimento e a uma melhor integração dos imigrantes.
O CLAIM de Barcelos é o 155.º criado em Portugal.
Segundo o presidente da Câmara de Barcelos, Mário Constantino, o concelho acolhia, no final de 2021, um total de 1.704 imigrantes, quando em 2017 eram apenas 781.
O principal país de origem é o Brasil, com 893 cidadãos, seguindo-se a Ucrânia e a Venezuela.
Na sequência da guerra na Ucrânia, Barcelos recebeu 287 cidadãos daquele país, dos quais cerca de 100 ainda residem no concelho.
Lusa