No documento, a agência da União Europeia sublinha que é na região dos Balcãs que houve um maior aumento do número de infiltrações ilegais, com mais 205% do que em igual período do ano passado e 70.770 casos no total.
Em Chipre (14.936 casos, mais 203%) e no Mediterrâneo Oriental, onde se registaram 22.601 intervenções (mais 133% do que no primeiro semestre de 2021), houve também um forte crescimento da atividade migratória ilegal.
No sul da Península Ibérica e na fronteira leste da Europa (países bálticos e Polónia) o número de migrações ilegais detetadas diminuiu 25% e 32%, respetivamente, com 6.436 e 2.923 casos.
Por outro lado, nas Ilhas Canárias a Frontex (Fronteiras Externas) intercetou 9.461 tentativas de infiltração ilegal, o que representa mais 25% de casos do que em 2021.
A Agência assinala no seu relatório a resolução de 82 casos de tráfico de pessoas e a apreensão de 5.700 quilos de cocaína em diversas operações.
No total, o destacamento de tropas da Frontex atingiu 2.203 agentes e oficiais, que realizaram intervenções contra 155.090 casos de migração ilegal e participaram em operações de resgate que salvaram 9.854 pessoas no mar.
De acordo com o relatório, a Agência Europeia de controlo de fronteiras externas processou 13.307 casos de devoluções e fretou 15 voos especiais para completar as operações de regresso por via aérea.
A Frontex também informa sobre o envio de missões à Letónia e à Lituânia, onde os seus delegados visitaram centros de registo de estrangeiros durante o mês de julho e reuniram-se com as autoridades locais para acordar ações preventivas contra possíveis infiltrações a partir da Bielorrússia.
Lusa