“A onda de migração forçada, através das costas venezuelanas, para as ilhas holandesas continua e está a aumentar de forma alarmante”, explica, em um comunicado, o porta-voz da Fundaredes, Omar Dios Garcia.
Segundo a Fundaredes, ONG dedicada a promover e a defender os direitos humanos na Venezuela, em 9 de março último, as autoridades venezuelanas, encontraram uma embarcação, nas costas do Estado venezuelano de Falcón (centro-norte do país), com 18 pessoas a bordo, entre elas dois adolescentes.
Estas pessoas, “tentavam sair da Venezuela para o Curaçau, mas não puderam concretizar o objetivo e estiveram em alto risco de morte, ao ficar no meio das águas, sem a certeza de um pronto resgate e todos apresentavam desidratação”.
Por outro lado, também segundo o comunicado, na madrugada de 11 de março último, as autoridades de Aruba intercetaram uma pequena embarcação ilegal e detiveram 14 venezuelanos, que “buscavam melhores condições de vida nessa ilha”.
“As pessoas pagam até mil dólares para embarcar nessas embarcações, que não têm condições mínimas de navegação e de segurança para os passageiros, e vão para mar aberto (…) expostos a redes de tráfico de pessoas e a ser recebidos pelas forças de segurança em outras nações, com ofertas de emprego enganosas, pondo em risco a sua integridade e, em muitos casos, encontrando a morte”, explica.
A Fundaredes lembra que desde há um ano, estão desaparecidas 17 das 28 pessoas de uma embarcação que naufragou, em 17 de março de 2020, quando tentavam dirigir-se às ilhas holandesas.
C/Lusa