Em comunicado, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) avança que o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) atendeu 1.308.757 chamadas de emergência no ano passado, o que representa uma média de 3.586 chamadas por dia e de 149 chamadas por hora, uma redução face a 2019, ano em que se registaram 1.414.858 chamadas.
O INEM indica também que o atendimento destas chamadas levaram ao acionamento de 1.171.878 meios de emergência médica pré-hospitalar, entre as diversas tipologias de ambulâncias (emergência médica, socorro, suporte imediato de vida, transporte inter-hospitalar pediátrico), motociclos de emergência médica, viaturas médicas de emergência e reanimação (VMER) e helicópteros, de acordo com a gravidade aferida a cada chamada recebida e triada nos CODU.
Em relação a 2019, registou-se no ano passado um decréscimo de 12% do acionamento dos meios de emergência.
O Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM) deu resposta a 3.202 ocorrências por dia, com os meios próprios do INEM a darem resposta a um total 238.226 ocorrências e os meios dos parceiros do SIEM a acorrem em 933.652 acionamentos.
O INEM sublinha que "embora as exigências da atividade operacional tenham aumentado devido às medidas adotadas para proteção dos profissionais e dos próprios doentes contra a covid-19, verificou-se uma diminuição das chamadas 112 e do acionamento de meios de emergência médica pré-hospitalar”.
De acordo com o INEM, o número de chamadas em 2020 registou uma redução de 7,5%, o que representa menos 106.101 chamadas face a 2019, menos cerca de 300 chamadas por dia em média.
“O ano de 2020 foi um ano excecional também no que diz respeito às chamadas recebidas no CODU, uma vez que desde 2014 o número de chamadas atendidas registava um aumento. Assim, prevê-se que após a retoma da atividade pós-pandemia o número de chamadas recebidas volte a registar um aumento”, adianta.
Segundo os dados do INEM, a redução da atividade verificada a partir de março de 2020 ficou a dever-se à redução de circulação de pessoas e veículos, que se traduziu numa redução de acidentes de viação, diminuição da procura de serviços de saúde por receio de exposição ao SARS-CoV-2, confinamento, redução da criminalidade e de acidentes de trabalho, bem como um menor número de intoxicações intencionais e de cidadãos com sintomas menos graves que eventualmente deixaram de pedir socorro.