“Deviamos ter começado com um maior número de vacinas, para que o processo não pare, porque essas 100 mil (doses) são para 50 mil pacientes. Nessas circunstâncias, há que ter uma ponte aérea contínua com a Rússia para que se mantenha uma inoculação constante”, disse, na quinta-feira, Jaime Lorenzo aos jornalistas.
O responsável da MUV frisou que um plano de vacinação deve começar nas regiões que registaram um maior número de óbitos, ou de maneira equitativa.
“Quando começámos como aqui, em apenas três estados, o mais possível é que muita gente, com o desespero por vacinar-se (…) emigre espontaneamente (para outros estados), buscando a vacina”, disse.
Lorenzo acrescentou desconhecer um plano das autoridades venezuelanas para garantir vacinas em todos os cantos do país.
A Venezuela é um dos países da América Latina com maior experiência em vacinação, mas está “há anos em emergência humanitária”, destacou.
Por outro lado, Jaime Lorenzo defendeu existir um grave problema de escassez de combustível e insuficientes viaturas com capacidade de refrigeração adequada para transportar as vacinas no país.
No sábado, a Venezuela recebeu as primeiras 100 mil doses da vacina russa Sputnik-V contra a covid-19, destinadas à população mais vulnerável e aos profissionais da saúde, para reduzir a transmissão local da doença.