Segundo o relatório sobre a curva epidémica do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), o país apresenta agora uma taxa de incidência a 14 de dias por 100 mil habitantes de 240,7, cerca de metade dos 480 estipulados no nível de risco da matriz de monitorização da pandemia de covid-19.
A atual média diária de 1.350 casos de infeção a cinco dias é mais baixa das últimas 12 semanas, tendo-se registado a mais elevada nesse período no final de julho, com 3.079 casos, altura em que a incidência acumulada estava nos 418,3 e o país apresentava um índice de transmissibilidade do vírus (Rt) de 1,07.
Desde então, os dados do INSA indicam que se tem registado uma redução gradual do número médio de casos positivos, o que se reflete na diminuição do Rt – que estima o número de casos secundários de infeção resultantes de uma pessoa portadora do vírus -, que está agora nos 0,87, abaixo do limitar de 1.
Esta tendência de redução do Rt nacional tem sido acompanhada pelas sete regiões do país, que apresentam atualmente um nível de transmissão do SARS-CoV-2 inferior a 1, com destaque para os Açores, que regista o valor mais baixo com 0,66.
No Norte o Rt está estimado em 0,85, no Centro em 0,89, em Lisboa e Vale do Tejo em 0,88, no Alentejo em 0,83, no Algarve em 0,93 e na Madeira em 0,85, adianta o relatório hoje divulgado.
A taxa regional de incidência mais elevada regista-se no Algarve (558,5) e a mais baixa nos Açores (63,2), enquanto o Norte apresenta 257,1, o Centro 223,4, Lisboa e Vale do Tejo 213,4, o Alentejo 274,1 e a Madeira 135,5.
Estes indicadores – incidência e Rt – colocam Portugal, ao nível europeu, na mesma situação pandémica do que a Bulgária, o Chipre, a França, a Grécia e a Irlanda.
A covid-19 provocou pelo menos 4.602.565 mortes em todo o mundo, entre mais de 223,06 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.843 pessoas e foram contabilizados 1.053.450 casos de infeção confirmados, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.