“Há vários dias que está a chover continuamente, mas mais intensamente desde segunda-feira, acompanhada de fortes ventos, o que provocou o desbordamento de várias ribeiras e inundações de ruas e comércios”, disse um comerciante português à Lusa.
José Luís Bettencourt acrescentou que o fornecimento de eletricidade tem registado alguns cortes, numa situação que afeta várias zonas da ilha de Margarita, onde a água inundou uma igreja, várias ruas, caminhos e algumas casas, nos municípios Díaz, Arismendi, Gómez.
Entretanto, as autoridades venezuelanas decidiram suspender “as atividades académicas” até quarta-feira, “devido às diversas situações que se registam em consequência das intensas chuvas que têm afetado” a ilha "nas últimas horas".
“A suspensão das aulas abrange todos os níveis e modalidades, da administração pública e privada, e obedece ao interesse superior de garantir a proteção de crianças e adolescentes, assim como a comunidade educativa”, de acordo com um comunicado do responsável pela zona educativa do estado de Nueva Esparta, Rafael Domínguez.
O mau tempo está a afetar, há meses, várias regiões da Venezuela, incluindo na zona da Grande Caracas, onde na segunda-feira as chuvas causaram várias inundações.
O mau tempo tem afetado também estados onde reside um importante número de portugueses, entre eles Mérida, onde, de acordo com os serviços de Proteção Civil locais, a estrada de ligação ao vizinho estado de Barinas, por El Páramo, está bloqueada devido à lama.
A imprensa local noticiou que mais de 90 pessoas morreram, desde abril, devido ao mau tempo na Venezuela.
O Instituto de Meteorologia, Hidrologia e Hidrometeorologia (INAMEH) venezuelano previu que a chuva vai continuar a afetar 12 (Zúlia, Falcón, Carabobo, Portuguesa, Cojedes, Guárico, Anzoátegui, Monágas, Apure, Amazonas, Bolívar, Esequibo) dos 24 estados do país.
O resto do país vai registar “nebulosidade parcial, geradora de chuvas”, acrescentou o INAMEH.