Em declarações à agência Lusa, Braz Costa acrescentou que “há soluções têxteis” para o caso de ser necessário aumentar o nível de proteção das máscaras sociais e que o CITEVE, entidade certificadora de máscaras, já está a trabalhar nesse sentido.
“As máscaras FFP2 são muito boas no que diz respeito à filtração, mas têm um conjunto de outros problemas. Têm problemas no campo da respirabilidade, podem ter problemas no campo da acumulação de CO2”, referiu.
Segundo Braz Costa, a maior parte das máscaras FFP2 usadas em Portugal são importadas e o CITEVE já testou algumas delas, detetando “problemas graves”.
Por isso, e numa altura em que alguns países estão a impor a obrigatoriedade de uso de máscaras FFP2, Braz Costa pede “sensatez” às autoridades de saúde portuguesas, sublinhando que há soluções têxteis para conferir às máscaras sociais um maior nível de proteção.
“Haja sensatez em vez de se impor, de uma forma quadrada, o uso de máscaras FFP2, que têm vários problemas. Há soluções têxteis que podem conferir às máscaras sociais um muito maior nível de proteção. Já estamos a trabalhar a pensar nisso. Se for preciso dar mais um salto, dá-lo-emos”, enfatizou.
Disse ainda que essa será “mais uma oportunidade” para o setor têxtil.
Para o diretor-geral do CITEVE, os países que estão a equacionar o uso obrigatório das FFP2 “foram relativamente descuidados” em relação à regulamentação e ao controlo de qualidade das máscaras comunitárias.
C/Lusa