Em declarações prestadas na conferência de imprensa realizada após a reunião no Infarmed que juntou especialistas de saúde pública e políticos, Marta Temido lembrou as intervenções dos diversos peritos para destacar que o risco de transmissão “está novamente a subir”, a prevalência atual superior a 60% da variante do novo coronavírus identificada no Reino Unido e o decréscimo da adesão da população portuguesa às medidas de confinamento.
Sem deixar de reconhecer que se mantém “a tendência decrescente da pandemia”, com a queda dos números de casos, internamentos e óbitos, a governante vincou que o índice de risco de transmissibilidade, conhecido como Rt, “atingiu o valor mínimo de 0,61 em 10 de fevereiro” e entrou numa trajetória de aumento: “É um sinal ao qual temos de estar atentos”.
“A variante do Reino Unido, que, de acordo com estimativas realizadas no passado, constituía uma preocupação com tendência crescente, representará hoje 65% daquilo que são os casos de SARS-CoV-2 positivos no país. Atingimos uma representatividade acima de 60% não no momento de meados de fevereiro, como chegámos a estimar, mas agora, de acordo com os últimos números disponíveis”, acrescentou Marta Temido.
Finalmente, a ministra da Saúde assinalou que, apesar de não se terem verificado alterações nas regras, o nível de confinamento da população “tem vindo a reduzir-se” e que os valores mais altos de adesão às medidas foram registados “na última semana de janeiro” e que, desde então, “a situação tem vindo a alterar-se, com uma maior mobilidade da população” a nível nacional.
C/Lusa