O Presidente do Haiti, Jovenel Moïse, foi assassinado na quarta-feira, num ataque de homens armados à sua residência, em Porto Príncipe.
Numa curta nota hoje divulgada no sítio oficial da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa "condena veementemente o assassinato do Presidente da República do Haiti, Jovenel Moïse, e apresenta sentidas condolências à família e ao povo haitiano".
Segundo as autoridades haitianas, o corpo de Jovenel Moïse ficou com 12 ferimentos de bala no ataque de quarta-feira, em que também ficou ferida a sua mulher, Martine Moïse, que está hospitalizada em Miami, nos Estados Unidos da América.
A filha do casal estava no mesmo local no momento do ataque, mas conseguiu esconder-se no quarto do irmão, que também saiu ileso.
A polícia do Haiti anunciou, entretanto, que quatro alegados autores deste ataque foram abatidos durante um tiroteio e outros dois foram detidos, numa operação perto da residência de Moïse.
O assassínio do Presidente do Haiti ocorreu dois meses antes de eleições presidenciais e legislativas convocadas para 26 de setembro, às quais Moïse não se poderia candidatar.
O Haiti, que é o país mais pobre do continente americano, enfrenta problemas económicos, políticos, sociais e de insegurança, nomeadamente com raptos para a obtenção de resgates realizados por gangues que quase sempre ficam impunes.
O país ainda tenta recuperar do terramoto de 2010 e do furacão Matthew de 2016.