“As pessoas têm que ultrapassar inibições e perceber que está tudo a ser feito e que é uma situação de tranquilidade”, disse o chefe de Estado a jornalistas, em Vila Viçosa, no distrito de Évora.
Marcelo Rebelo de Sousa salientou que o presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, “tem garantido a tranquilidade", assinalando que o responsável esteve em S. Jorge duas vezes na última semana e tem pernoitado na ilha.
O Presidente da República disse também que espera encontrar na visita à ilha de São Jorge, prevista para a tarde de hoje, “uma estrutura bem organizada e bem preparada”.
“Irei, a pedido do Governo, com a secretária de Estado da Proteção Civil, que tem estado a apoiar aquilo que, porventura, seja necessário fazer. Até agora, não tem sido necessário fazer nada, porque a situação está sob controlo”, disse.
No sábado à noite em Vila Viçosa Marcelo Rebelo de Sousa indicou que vai “a Beja apanhar um avião para seguir para o Pico e, depois, de helicóptero, para São Jorge”.
A ilha de São Jorge contabilizou cerca de 12.700 sismos desde 19 de março, mais do dobro de todos os registados no arquipélago dos Açores desde 2021.
A ilha de S. Jorge está com o nível de alerta vulcânico V4 (ameaça de erupção) de um total de sete, em que V0 significa “estado de repouso” e V6 “erupção em curso”.
Cerca de 1.250 pessoas já abandonaram a ilha por via marítima e aérea desde o início da crise sismovulcânica.
A crise sismovulcânica em São Jorge iniciou-se às 16:05 de 19 de março, tendo o sismo mais energético ocorrido nesse mesmo dia às 18:41 com uma magnitude de 3,3 na escala de Richter, mas sem provocar danos.
Segundo os dados provisórios dos Censos 2021, a ilha de São Jorge tem 8.373 habitantes, dos quais 4.936 no concelho de Velas e 3.437 no concelho da Calheta.
Lusa