Marcelo Rebelo de Sousa tornou-se ontem o primeiro Presidente da República a visitar a Ilha da Deserta Grande, localizada a 22 milhas náuticas do Funchal (cerca de 30 quilómetros), disse o chefe de Estado.
"Houve uma coincidência feliz, é a primeira vez que o Presidente da República veio às Ilhas Desertas e ao que parece também é a primeira vez que o presidente do Governo Regional veio às Desertas", disse aos jornalistas o Presidente da República.
O Presidente da República e uma reduzida comitiva foram hoje os únicos a desembarcar na ilha da Deserta Grande a bordo de uma lancha da Polícia Marítima, sob más condições climatéricas, com o mar agitado e vento forte.
"O Presidente da República não pode deixar de ir a todas as frações do território português e aqui às Desertas era estranho nunca tivesse vindo um Presidente da República", considerou.
"Em segundo lugar, o parque natural das Desertas é um parque premiado ainda não há muito tempo pelo Conselho da Europa como exemplar, dos melhores da Europa e dos melhores do mundo em termos de conservação da natureza", enfatizou, referindo que a sua ação é um reconhecimento e um agradecimento aos seus responsáveis.
Devido ao mau tempo no mar, viajaram na lancha da Polícia Marítima além do Presidente da República a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, o secretário de Estado da Defesa, Marcos Perestrello, o Presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, e Paulo Oliveira, da secretaria regional do Ambiente.
Comentando se a viagem tinha sido arriscada, uma vez que a restante comitiva e a comunicação social não puderam sair da fragata "D. Francisco de Almeida" para embarcarem em botes até à ilha por razões de segurança, Marcelo relatou: "Não foi arriscado, foi um bocadinho a bater mais para lá porque íamos contra as ondas e para cá foi surfar".
Na ilha, onde residem apenas três vigilantes da natureza, Marcelo contou que fez o itinerário dos chamados turistas ecológicos: viu várias espécies como uma alma negra, uma ave pequena com menos de um mês e uma outra com mês e meio.
O Presidente observou ainda o sítio da reprodução dos lobos marinhos e esteve em grutas.
O chefe de Estado esteve cerca de uma hora nas Desertas tendo regressado pelas 18:40 à fragata da marinha que o levou de regresso ao Funchal para participar num jantar solidário de apoio aos bombeiros madeirenses.
C/Lusa